Do motu proprio "Doctoris Angelici" de São Pio X:

"Nenhum Concílio celebrado posteriormente à santa morte deste Doutor, deixou de utilizar sua doutrina. A experiência de tantos séculos põe de manifesto a verdade do que afirmava Nosso Predecessor João XXII: «(Santo Tomás) deu mais luz à Igreja que todos os demais Doutores: com seus livros um homem aproveita mais em um ano, que com a doutrina dos outros em toda sua vida» "(Alocução no Consistório, 1318.)

DA "LECTURA SUPER MATTHAEUM" DE SANTO DE TOMÁS DE AQUINO:

Comentando sobre a Grande Aflição que haverá no mundo durante o período em que a "Abominação da Desolação" estiver ocupando o Lugar Santo, escreve o Angélico:

"Em seguida, haverá uma grande tribulação, porque o ensino cristão será pervertido por um falso ensino. E se esses dias não tivessem sido abreviados, ou seja, através do ensino da doutrina, da verdadeira doutrina, ninguém poderia ser salvo, o que significa que todos seriam convertidos à falsa doutrina."
[Comentário de Santo Tomás de Aquino ao Evangelho de São Mateus - Cap.24,22 - notas de Pierre d'Andria (1256-1259),(630 pags.) Tradução ao francês por Professor Jacques Ménard e Madame Dominique Pillet (2005).]

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

COMO DEVE SER A OBEDIÊNCIA AO PAPA



Caso Bergoglio for Papa veja como Leão XIII manda obedecê-lo !

 
Trecho da
Encíclica
 
Sapientiae Christianae

do Papa Leão XIII

 
(...)


Docilidade e submissão ao magistério


34. E essa obediência deve ser perfeita, porque é imposta pela mesma fé e tem em comum com a fé o ser indivisível. Antes, se não for absoluta e perfeita, de obediência poderá ter o nome, mas não a natureza. A tradição cristã dá tanta importância a essa perfeição de obediência, que sempre a teve e tem ainda hoje, por sinal característico para se reconhecerem os católicos. É o que explica santo Tomás de Aquino de modo admirável nos termos seguintes: “O objeto formal da fé é a verdade primeira, segundo está manifestada nas Santas Escrituras e na doutrina da Igreja que procede da verdade primeira por onde quem não adere, como à regra divina e infalível, à doutrina da Igreja que procede da verdade primeira manifestada nas Santas Escrituras, não tem o hábito da fé, mas possui as verdades da fé por outro modo que não é a fé ... Ora, é manifesto que quem adere à doutrina da Igreja, como a uma regra infalível, dá o seu assentimento a tudo o que a Igreja ensina. Se assim não fosse, se entre as coisas que a Igreja ensina, só se abraçasse o que lhe agrada e excluísse o que lhe desagrada, não seguiria como norma infalível a doutrina da Igreja, mas sim a vontade própria” (1). Uma deve ser a fé de toda a Igreja, segundo aquilo de São Paulo aos Coríntios (1Cor 1,10): “Tende todos uma mesma linguagem e não haja divisões entre vós”. Ora, essa unidade não poderá subsistir sem que as questões, que se levantarem acerca da fé, sejam resolvidas por aquele que preside a toda a Igreja, para que a sua sentença seja por ela acatada com firmeza. Por isso é reservada à autoridade do Sumo Pontífice a nova edição de um Símbolo e qualquer outra providência que diga respeito à Igreja Universal”.(2)


(1) - Summa Theol., II-II, q.5 a.3.

(2) - Summa Theol., II-II, q.1 a.10.


35. Quanto à determinação dos limites da obediência não imagine alguém que basta obedecer à autoridade dos pastores de almas e sobre todos do pontífice romano nas matérias de dogma, cuja rejeição pertinaz traz consigo o pecado de heresia. Nem basta ainda dar sincero e firme assentimento àquelas doutrinas que, apesar de não definidas ainda com solene julgamento da Igreja, são todavia propostas à nossa fé pelo magistério ordinário e universal da mesmo modo como divinamente reveladas, as quais por decreto do Concílio Vaticano devem ser cridas com fé católica e divina” (3). É necessário também que os cristãos contem entre os seus deveres o de se deixarem reger e governar pela autoridade e direção dos bispos e principalmente da Sé Apostólica. Bem fácil é de ver o razoável dessa sujeição. Efetivamente das coisas contidas nos divinos oráculos, umas referem-se a Deus, e as outras ao mesmo homem e aos meios necessários para chegar à sua eterna salvação. Ora, nessas duas ordens de coisas, isto é, quanto ao se deve crer e ao que se deve fazer, compete por direito divino à Igreja, e na Igreja ao Romano Pontífice determiná-lo. E eis a razão por que o pontífice deve ter autoridade para julgar que coisas contenha a palavra de Deus, que doutrinas concordem com ela e quais dela desdigam; e do mesmo modo determinar o que é bem e o que é mal, o que se deve fazer e o que se deve evitar para conseguir a salvação eterna. Se isso não se pudesse fazer, o Papa não seria intérprete infalível da palavra de Deus, nem o guia seguro da vida do homem.


 (3) – Concílio Vaticano I, Constituição sobre a Fé Católica, cap. 3, De fide. Cf. H. Denziger, Enchiridion Symbolorium 11 ed., Freiburg i. Br., 1911), p. 476.


36. Mas precisamos penetrar mais ainda na natureza íntima da Igreja. Não é uma associação casual de cristãos, mas uma sociedade constituída por Deus com uma organização perfeitíssima, tendo como fim direto e próximo a paz e a santificação das almas. E como só ela recebeu da divina munificência os meios necessários para tal fim, tem suas leis fixas, seus deveres determinados, e observa na direção dos povos cristãos um estilo e regime conforme com a sua natureza.

(...)